Olhe para seu lixo e pergunte: qual é o seu destino?

 


Você já pensou seriamente sobre o lixo que você produz?

Não costumamos pensar sobre isso, pois deixamos lá na lixeira, caso dos prédios e na rua direto, se mora em casa, vem o caminhão de lixo e leva embora e acabou seu problema. Será que acabou mesmo? Sim, ele continua sendo problema nosso, pois o mundo é a casa que moramos e o lixo continua dentro da nossa casa. Pode estar longe de nossos olhos, mas continuam existindo, o lixo não desintegrou...

Olhe com carinho e atenção seu lixo, você separa os recicláveis? Sabia que as sacolinhas de supermercado e todos aqueles saquinhos de plástico fininho não são recicláveis? Isso mesmo, esses saquinhos, embalagens de plástico fino não são recicláveis! Vamos pensar juntos, se não são recicláveis, pra onde vão? Quanto tempo eles levam para “sumir” na natureza?

Continuemos a pensar juntos? Cada produto equivale a um saquinho, é o quilo do feijão, o quilo do açúcar e por ai afora. Agora pense no seu prédio, quantas pessoas, quantos saquinhos... ótimo, continuemos; quantos prédios na sua rua? Quantos no bairro? Já tem um número aproximado de saquinhos no seu bairro? E na sua cidade? no seu estado? No seu país? No mundo?  Percebem o que estou falando? Eu comecei a pensar nisso e me assustei. Se um saquinho leva por volta de 400 anos para se decompor[1]. Quanto tempo demora para todos eles? e os que estão sendo descartados agora? e os de amanhã? 

Temos vários vídeos e documentários que demonstram a preocupação com o lixo, mas o que pretendo aqui é pensarmos no nosso mundinho de todo dia. Trazer para perto de nós essa reflexão. Olhe para seu lixo, e se pergunte o que você pode fazer, é essa a minha proposta.

Mesmo o lixo reciclável que é coletado para a reciclagem ainda pode parar nos aterros sanitários. A equipe de jornalismo do Metrópoles[2] realizou um experimento financiado pelo Pultizer Center for Crisis Reporting, fundação dos Estados Unidos que apoia projetos inovadores de jornalismo em todo o mundo. Adquiriram 72 aparelhos rastreadores TKStar 905, que tem autonomia de até um mês e é a prova de água. Espalhou os aparelhos em 23 regiões administrativas  ao longo de dezembro de 2020, seguindo as recomendações de locais e horários da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal, para a coleta seletiva. 28 conseguiram enviar um sinal ao chegarem ao seu destino.

Dos 28 aparelhos localizados, nove (32%) pararam no aterro sanitário mesmo tendo sido descartados da forma correta!!! Percebem que mesmo que o lixo reciclável tenha sido descartado corretamente, ainda pode ser enviado ao aterro sanitário?

“A responsabilidade não é minha!” Tem certeza? Se sua casa está com problemas, quem deve resolver? O vizinho? a prefeitura? o governo? Então está certo, todos os outros tem que resolver o nosso problema... Quem mora na casa? Quem está sendo prejudicado? Acredita mesmo que as outras pessoas vão parar para resolver o nosso problema? Pode ser, mas é melhor nós começarmos a fazer alguma coisa, antes que seja tarde demais. A responsabilidade é de cada um de nós.

A pergunta a ser feita é: o que posso fazer para tornar esse mundo melhor?

É o meu mundo, é a minha casa... O que posso fazer?

 

Podemos começar com o mínimo, pensar a respeito, refletir sobre as soluções, e verificar o que eu posso fazer, nesse momento, para contribuir para um mundo melhor?  



[1] https://www.ecycle.com.br/tempo-de-decomposicao-do-plastico/

[2] https://www.metropoles.com/materias-especiais/onde-vai-parar-o-lixo-que-voce-separa-rastreamos-os-caminhoes-de-reciclaveis-por-um-mes-na-capital-federal

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