Perrengues de Pitchula - Pata quebrada
Estávamos na casa do vizinho, era um dia friorento, eu estava com roupinha, agasalhada e aninhada no colo da Silvia, resolvi descer, meio que desajeitada, desequilibrei e cai. A roupa enroscou, cai em cima da pata dobrada, como doía!
Comecei a chorar e gritar de dor. A Silvia não sabia o
que fazia, tentava ver e eu não deixa tocar com medo de doer mais ainda. Eles
me levaram em uma veterinária que ficava na outra cidade, Angatuba e a doutora
cuidou de mim, deu um remédio e dormi.
Quando acordei estava com a perna imobilizada. Não,
não é gesso, tinha uma tala e muito esparadrapo, o que deixou a perninha dura e
sem movimento. Disse ter que ficar com isso um tempo e aceitei porque não
queria sentir dor. Fui uma boa menina e fiquei com aquilo sem tentar tirar.
Aos
cinco meses da Pitchula, estávamos na casa de outro vizinho, almoçando. Era um
dia frio e ela estava com roupinha. Sentada no meu colo cismou de descer,
desajeitadamente, desequilibra e cai sobre a pata dobrada. Começou a gritar
desesperada. Não deixava tocar. Levamos no veterinário, tirou uma radiografia e
estava quebrada. A pata foi imobilizada e a veterinária aproveitou que ela
estava anestesiada e tirou o anzol também.
Admiro
cachorros que passam a vida inteira incólumes. A Pitchula parece que atraia
esses acidentes. Quantos cachorros caem do colo dos seus donos e não acontece
nada. A altura que ela caiu não passava de trinta centímetros, ou seja, muito
tranquilo, no entanto, conseguiu se enrolar e cair sobre a pata dobrada.
Ahhhh
e a veterinária percebeu que os olhos dela estavam com marcas de unha de gato,
tratamos também, colírio e pomada.
Depois
de um mês, levamos a Pitchula para tirar a imobilização e avaliar a situação.
Foi muito engraçado porque no dia tinha outro cachorro chorando muito para
tomar vacina e a Pitchula começou a uivar em solidariedade a ele. Ela estava
ótima, pronta para outra. Que viria com certeza.
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